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ANTÓNIO FOGAÇA
( Portugal )
António Fogaça (Barcelos, 11 de Maio de 1863 – Coimbra, 27 de Novembro de 1888) foi um poeta português.
António Fogaça nasceu a 11 de maio de 1863, na freguesia de Vila Frescainha (São Martinho)[1] em Barcelos.[2][3]
Em 1886 ingressou na Faculdade de Coimbra, a fim de cursar direito vindo a falecer enquanto ainda cursava o terceiro ano.[2][3]
O seus poemas foram publicados em jornais e revistas da época[4] mas, em vida, apenas viu publicado um livro Versos da Mocidade (1887), onde mostra influências do Parnasianismo e do Simbolismo, no que respeita à originalidade metafórica e à sensibilidade plástica.[2][3]
António Fogaça morreu com apenas 25 anos, a 27 de novembro de 1888, numa casa na zona da Couraça de Lisboa, em Coimbra.[2][3][4]
Em sua homenagem, em Barcelos, receberam o seu nome uma Escola Básica Integrada[5] e uma praça[6] e um monumento na freguesia de Vila Frescainha (São Martinho).[1]
- Versos da Mocidade (1883 a 1887) (Coimbra, Typ. M.C. da Silva, 1887) OCLC 4290759
- Versos da mocidade, e Poesias dispersas. As comemorações do Centenário. (Barcelos, Câmara Municipal de Barcelos, 1964) OCLC 23539738
LIVRO DOS POEMAS. LIVRO DOS SONETOS. LIVRO DO CORPO. LIVRO DOS DESAFOROS. LIVRO DAS CORTESÃES. LIVRO DOS BICHOS.. Org. Sergio Faraco. Porto Alegre: L.P. & M., 2009. 624 p ISBN 978-85-254-1839-5 Ex. bibl. Antonio Miranda
A GAIVOTA
Passa-me o rio em frente da janela,
Muita vez, ao luar, noites de rosa,
vejo boiando uma gaivota ansiosa
sobre a corrente múrmura, singela.
É sempre a mesma. É uma delícia vê-la;
e tanto me entretém, — voluptuosa,
que chego, nesta vida trabalhosa,
quando ela falta, a ter saudades dela.
Pois que, vendo-a passar boiando e mansa,
sinto-me alegre, e ocorrem-me à lembrança
as conquistas, a lira, a morbideza*
de um trovador ditoso, flutuando
pelos canais, em gôndola, cantando,
nas amorosas noites de Veneza.
* (it.) Brandura, delicadeza.
EROTISMO & SENSUALIDADE EM VERSOS – antologia de poesias eróticas da antiguidade até aos nossos dias. Seleção: Ex. bibl. de ANTONIO MIRANDA
Desejo amar-te aos menos por instantes,
rasga, despe o vestido — esse tesouro
de gaza branca se azul, bordado a ouro,
aljofres e diamantes.
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Página ampliada em janeiro de 2024
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Página publicada em agosto de 2022
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